terça-feira, 8 de setembro de 2009

Engarrafamento nas compras


Supermercado dos horrores


Outro dia uma amiga contou-me sobre um passeio fortuito ao supermercado. Ela demonstrou indignação a certos comportamentos da clientela em geral e encontro-me em meio a tal clientela, pois odeio supermercados. Em tal ambiente meu humor fica por um fio.
Minha “neura” era maior quando tinha os filhos pequenos e os mesmos iam conosco ao sofrimento das compras mensal. Coitados, achavam que poderiam colocar o supermercado inteiro naquele carrinho. Era um trabalhão repor às prateleiras o que eles “compravam”. Quando se tornaram maiores e compreensivos dos meus parcos ganhos salariais até ajudavam a escolher produtos mais baratos ou com maior quantidade nos vasilhames. Nessa época, mãe e filhos vasculhavam prateleiras enquanto eu ficava namorando títulos de livros e respectivas sinopses.
Tinha tanto pavor de fazer compras que um dia eu e um amigo montamos uma cooperativa no trabalho. Funcionava assim: Cerca de cem famílias faziam suas listas de compras e a gente consolidava numa só, pois comprando no atacado podia-se obter melhores preços. Não deu certo e em pouco tempo se desfez. Repassávamos ao mesmo custo, mas estávamos tendo prejuízos, por exemplo, ovos e vidros quebravam no transporte, mercadorias eram rejeitadas devido à marca e problemas relacionados ao pagamento como atrasos ou cheques sem fundos. Chegamos no limite quando conversinhas paralelas suspeitavam da nossa dedicação desinteressada.
O panorama dos supermercados de hoje é um pouco melhor, pois é possível mastigar durantes as compras devido às lanchonetes montadas. É um serviço disponível durante as vinte e quatro horas e a gente pode escolher horários sem tumulto. Também há a aceitação de dinheiro eletrônico o que facilitou demais aquele tempo que a gente perdia cadastrando cheques e levando a gerentes autorizadores. Minha mulher não arrisca, mas é possível comprar via Internet.
Continuo passando raiva com repositores no meio do caminho, localização de mercadorias, caixas que quebram, falta de empacotadores e produtos sem preço. Outra coisa que me deixa neutralizado é a impotência de acompanhar os preços no caixa com os códigos de barras, os preços deveriam ainda estar impressos nos produtos.
Supermercado é a obra máxima do capitalismo selvagem e nesse lugar passo-me por otário. Por exemplo, num certo produto de laticínio, antigamente, adicionavam apenas a inofensiva água pura, agora algo cáustico e, ainda por cima, comercializam cargas roubadas dos nossos heróis caminhoneiros.

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