domingo, 21 de março de 2010

Sem ofensas


Filhos da mesma mãe

Estão preparando a araruta
Para o pirão de uma disputa.
Vamos votar sob a batuta
Do maior filho da pátria!

Duas mulheres de luta
Vão entrar nesta labuta
Uma delas mata e furta
Cria do filho do Brasil!

A outra é mestra e educa
De ilibada conduta.
Diante de uma arapuca
Deixou o filho de sapo!

Sua legenda é mixuruca,
Mas está madura a fruta.
A luta verde é mais justa
Abaixo o filho do petê!

O José Serra ajunta
Muitas feras e recrutas.
Já provei tal pururuca
Com este filho de algo!

Sei dum nome que permuta
Na pesquisa de consulta
É de família robusta
O vice-neto Tancredo!

O Ciro quer ser bazuca
Seus votos se vê com lupa.
Quando muito é catapulta
Do filho da analfabeta!

Ao meio de tanta truta
Vejo drinques de cicuta.
O ideal só caduca
Se morre o filho do comunismo!

Quem da popularidade desfruta
Quer aprovar até "kama sutra".
Eu não pego esta garupa
Do filho de dona Lindu!

Este poema deu upa,
Pra xingar nada me custa.
Resta porém a pergunta:
Somos todos irmãos?

Super mouse em ação


Tudo se resolve num clique

Pacifique, abdique, falsifique,
justifique, crucifique, indique,
descomplique e fique chique
Sempre através de um clique!

Estou preso na minha casa
Quero ver quem me critique
Liberdade é dar asas
A um alvoroço de cliques.

Hoje para comprar cachaça
Que vem direto do alambique
Daquelas feitas sem trapaça
Basta que eu dê um clique.

Para que eu monte um som
Daquele que dá tremelique
Não preciso ser tão bom
Basta que eu dê um clique.

Se o computador travar
Não precisa dar chilique
Para de novo recomeçar
Basta que eu dê um clique.

Pra convencer a namorada
A ir num gostoso piquenique
Falar das flores e caminhada
Basta que eu dê um clique.

Se alguém abriu meu e-mail
E começou a dar chilique
Digo alto: isto é feio!
E apago tudo num clique.

Meto a mão e abro a carteira
Também abro na net-butique
Compro tudo de primeira
E pago tudo num clique.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Usinas dos sonhos


INCERTEZA - OBRA DOS BARRAGEIROS

As águas mágicas vão subir...Poção.
Vai melhorar nossa vida...Enganação.
Vou é resistir...Paixão.
Terá choro na partida...Montão
Na bolsa vai o dinheiro...O pão.
Meu tudo é pouco e vai... Anão.
Lá na chapada é o estrangeiro...Mundão
A usina foi um sonho de papai... Em vão.
Vez em quando vem gente da Capital...Tantão
Rodopiando pelo Céu pra intimidar...Ao chão.
E o capital de todo povo vai a pau...Sabão.
E o Veríssimo vai virar mar...Razão.
Rede vazia em breve se romperá...Sansão.
Lanchas e pranchas o leito abrigará...Riscão.
E o meu peito parece que se abrirá...Explosão.
Mais que a incerteza dor nenhuma existirá...É sim ou não.